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Senso coletivo, aprende-se na Dança?


Costumo dizer em sala de aula para meus alunos, que no início do processo de aprendizagem, levamos para dentro da sala de aula aquilo que somos no nosso cotidiano, e com o tempo temos a oportunidade de levar para o nosso cotidiano aquilo que aprendemos dentro de sala de aula, e aqui não me refiro a só saber dançar, mas tudo aquilo que a dança carrega de forma oculta, mas tão valiosa em seu aprendizado. Aprender a ser pontual, respeitar, ter paciência entender que erros fazem parte do aprendizado, aprender que quanto mais você treina melhor você fica e por aí vai...


Quando estamos dispostos a aprender e nos colocamos na cadeira de eternos alunos percebemos o quão ínfimo é nosso conhecimento perante a quase tudo na vida. Entender que o que sinto é diferente do que o outro sente, respeitar opiniões vontades e desejos são peças fundamentais nos quebra cabeça das relações, deixar o eu centrismo de lado e dar espaço ao coletivo é algo que nos torna mais relacionáveis e com melhores resultados junto aos outros.


Quero aqui dar exemplo do nosso cotidiano social, o nosso baile de danças de salão.

Quantos de nós já vivenciamos a situação onde em uma pista de baile um casal ou alguém dança como se estivesse dançando sozinho, sem respeitar o espaço do outro, buscando muito mais os olhares atentos dos iniciantes e querendo em 3 minutos de música esgotar todo e qualquer repertorio de passos que tenha aprendido até o momento? Quantos de nós já presenciamos pessoas indo a um baile como se fossem caminhar em um parque, não que a roupa seja objeto de discriminação, mas ter o cuidado com a aparência relacionado o ambiente e evento no qual se propôs a participar é importante. Por óbvio todo este comportamento tem muito a ver com a personalidade de cada um, mas também com a criação, com a educação e com a consciência coletiva que cada um carrega, também é de responsabilidade dos professores ensinarem e orientarem seus alunos as boas maneiras que o ambiente social a que escolheram solicita, não que isto seja regra, porque afinal de contas como diz nosso ilustre Filósofo Mario Sergio Cortella “Tem coisa que eu devo, mas não quero. Tem coisa que eu quero, mas não posso. Tem coisa que eu posso, mas não devo”.


Diante desta reflexão vale observar que quanto melhor for meu entendimento e comportamento para senso coletivo melhor será minha convivência comigo mesmo, pois diante da nossa própria natureza, é de certa forma até ingenuidade de nossa parte, achar que somos mais importantes do que qualquer outra pessoa, seja no trabalho, em casa, na sala de aula, na pista de baile na vida em geral, então olhe para o outro com o coração aberto como quem está olhando um livro que precisa ser lido antes de ser julgado, olhe para o baile e entenda que aquele organismos vivo faz parte de um processo natural e você é apenas uma engrenagem na cadeia de produção.


E nem que seja por 3 minutos deixe de ser o artista e seja o espectador, verá o quão belo pode ser apenas observar.

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